Conselheiro da ONU pede mais hotéis e menos carros para Rio 2016
Wilfried Lemke apontou falta de leitos e trânsito como principais problemas do Rio para Copa e Olimpíadas
Em entrevista ao jornal alemão “Weser Kurier”, o conselheiro especial da ONU (Organização das Nações Unidas) para o Esporte, Wilfried Lemke, analisou a situação do Brasil na preparação para os maiores eventos esportivos do planeta: a Copa do Mundo, em 2014; e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. O dirigente alemão, que visitou o país em meados de julho, apontou problemas na infraestrutura hoteleira e no trânsito na capital carioca.
“Os grandes problemas da Organização (da Copa e das Olimpíadas) são a situação do trânsito e a falta de acomodação em hotéis. O Rio precisa urgentemente de quartos e camas adicionais para acomodar o fluxo de visitantes de todo o mundo que estarão nos eventos”, disse.
Lemke, que esteve no Rio e em Brasília, apontou a geografia da capital carioca como uma das causas do trânsito congestionado. Segundo o conselheiro, o investimento em transporte público e em túneis para aliviar o tráfego na cidade podem ser o grande legado dos eventos.
“Os problemas de tráfego, graças à localização geográfica do Rio, são um desafio real. Hoje você precisa de horas para ir de um bairro para outro, porque cadeias de montanhas enormes atravessam a cidade, como o Pão de Açúcar. Para isso, a ideia é todo um sistema de transportes moderno e público para resolver o problema do tráfego com bondes novos e túneis. Já se pode dizer que esta solução mostra o impacto duradouro que os eventos terão sobre o Rio”, continuou.
Lemke, que esteve no Rio e em Brasília, apontou a geografia da capital carioca como uma das causas do trânsito congestionado. Segundo o conselheiro, o investimento em transporte público e em túneis para aliviar o tráfego na cidade podem ser o grande legado dos eventos.
“Os problemas de tráfego, graças à localização geográfica do Rio, são um desafio real. Hoje você precisa de horas para ir de um bairro para outro, porque cadeias de montanhas enormes atravessam a cidade, como o Pão de Açúcar. Para isso, a ideia é todo um sistema de transportes moderno e público para resolver o problema do tráfego com bondes novos e túneis. Já se pode dizer que esta solução mostra o impacto duradouro que os eventos terão sobre o Rio”, continuou.
Em sua visita ao Brasil, o dirigente também conheceu moradores da “Vila Autódromo”, que serão desalojados para a construção da Vila Olímpica do Rio. Segundo Lemke, a população da área mostrava-se descrente com as promessas de políticos de transferí-los para outras regiões.
“Em alguns casos os moradores se recusam estritamente a deixar a favela por causa dos novos prédios da Vila Olímpica. Eles têm pouca confiança nas promessas de políticos. Os representantes do Comitê Olímpico e da cidade mostraram-nos, após a visita à favela, um terreno grande, para onde devem ser trasnferidos os 1.500 moradores. Prometi às pessoas de lá que partilharia as suas preocupações com os líderes, no Rio, para conseguir mais progressos e espero que as promessas feitas sejam implementadas”, afirmou.Lembro um dia que, após uma auditoria na universidade (Estácio de Sá - Graduação em Hotelaria Internacional) pela CHL Lausanne, foi dito um comentário por parte de um dos auditores que os cariocas não tem compromisso nenhum com horários e disciplina, pois muitos alunos chegavam tarde, não respeitavam o "dress code" imposto, entre outras reclamações.
Esse auditor mora na Suiça, onde a pontualidade é conhecida no mundo inteiro, e os meios de transporte chegam e saem na hora programada, e você sabe a que horas chega o próximo trem ou ônibus, não há engarrafamentos, alguns alunos moram na própria faculdade (Campus) e o clima é muito mais frio.
O auditor retornou no semestre seguinte para fazer o seu trabalho e viu, no verão carioca, que era difícil andar com terno e gravata devido as altas temperaturas, e teve que faltar no primeiro dia de auditoria devido a que, após desembarcar no aeroporto internacional, suas malas demoraram muito para sair na esteira, controle de passaportes lento, engarrafamento na Linha Vermelha, fechamento do Rebouças (devido a uma queda de pedras, terra, etc), entre outros problemas.
Isso foi só um exemplo, mas imaginem o dia que a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos comecem... O Panamericano e os Jogos Olímpicos Militares não são um parámetro de comparação e falta muito pouco para que essos eventos comecem. Há necessidade de uma reunião emergencial, pois podemos encontrar apagões, greves, caos no tránsito, obras inacabadas...
Exemplo de algo que não funcionou, na minha opinião, foram os corredores implantados em Copacabana e Ipanema para circulação de ônibus. Do lado direito ônibus, do lado esquerdo taxis e no meio carros particulares que dificilmente conseguem andar. Resolveu o caos no tránsito???
O Metrô na superficie contribui com o engarrafamento. O metrô direto de Botafogo para Pavuna teve a necessidade de incorporar mais carros, mas não foram comprados e a solução foi diminuir de seis para cinco o nº de vagões em cada composição, isso contribuiu com a superlotação dos mesmos. Não sou contra, mas o vagão criado para mulheres, não funciona, se assim fosse, deveriam ter outro para idosos e pessoas com necessidades especiais.
Em fim, antes de lançar uma candidatura, deveriam avaliar a possibilidade de realizar os jogos para que seja um sucesso, pois dependendo do sucesso, poderemos dar continuidade ao trabalho pós eventos. De nada vai adiantar aumentar UH's disponíveis se não preparamos e profisionalizamos a mão de obra e, após os eventos, dar continuidade na captação de turistas para ocuparem as UH's que foram criadas.