O presidente do Comitê Organizador Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman anunciou que o Rio de Janeiro terá 34 mil quartos de hotel em 2016. O dossiê da candidatura carioca havia garantido 48 mil, contando, além dos hotéis, apart-hotéis, vilas olímpicas e até cabines de navios de cruzeiros.
A cidade hoje conta com 24.558 quartos. Para chegar a 34 mil, a Prefeitura lançou, em novembro do ano passado, um pacote incentivos fiscais. As medidas incluem a remissão de dívidas de IPTU e isenção deste imposto durante as obras, a redução do ISS e a isenção do ITBI, a taxa paga em operações de compra e venda de imóveis destinados à atividade hoteleira. Desde o anúncio do pacote, foi confirmada a construção de cinco novos hotéis que totalizam 1078 novos quartos.
Alguns desses projetos contam com o apoio do BNDES, que, através do Pro Copa Turismo, financia obras no setor com créditos de R$ 3 a 10 milhões. O programa conta com uma carteira de R$ 297,2 milhões, dos quais R$ 178,5 milhões já foram aprovados. Os recursos vão sendo liberados de acordo com o andamento das obras. Os juros praticados estão bem abaixo no mercado: de 6,9 a 8,8% ao ano, com prazos que podem chegar até 18 anos.
Os projetos aprovados e contratados até agora são a reforma do tradicional Hotel Glória (R$ 146,5 milhões) e a construção de duas unidades do Hotel Íbis, da rede Accor, em Botafogo (R$ 20,3 milhões) e em Copacabana (R$ 11,6 milhões). Os outros R$ 118,7 milhões da carteira do programa referem-se a pedidos ainda em análise.
Não podemos pensar unicamente na hotelaria convencional, devem ser incentivados outros tipos de hospedagem além das cabines dos navios. Alguém já pensou em criar no Rio um trem hotel (estou imaginando um trem hotel que conte com infraestutura de primeiro mundo nas estações). E as comunidades pacificadas, poderia ser uma fonte de renda para os moradores que tivessem uma infraestrutura de cama e café (desde que haja investimento em treinamento para esse tipo de empreendimento). Ou que acham se aproveitássemos as obras do Maracaná para construir um hotel no topo do estádio com visão 360º do estádio desde todos os apartamentos.
Existem muitas possibilidades, mas, apesar da beleza natural do nosso pais, muitos investidores ficam com "medo" de investir em um lugar no qual surgem todos os dia notícias de violência.
Há uma preocupação por parte dos empresários, os quais fazem a seguinte pergunta: "e depois?" O que se traduz em uma dúvida sobre o que acontecerá após a realização dos grandes eventos esportivos. Conseguiremos manter a ocupação alta? Serão mantidos os investimentos em saúde, segurança?
Estamos torcendo para que tudo de certo...